Diálogo inter-religioso não nasce da ambiguidade, mas da convicção

30/08/2010 19:49

Afirma cardeal Tauran no “Meeting” de Rimini

 

RIMINI, segunda-feira, 30 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O diálogo inter-religioso não pode nascer da ambiguidade, mas da certeza da própria identidade”. Portanto, os cristãos “não devem ter medo do que são”.

Foi o que afirmou o cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, durante sua intervenção nesse sábado na trigésima primeira edição do Meeting de Rimini, durante a jornada dedicada ao diálogo inter-religioso.

O purpurado dedicou parte de seu discurso para “a crise da inteligência e da transmissão de valores” que existe na atualidade. Ele chamou os católicos a se “darem conta de sua fé”.

Partindo desta certeza da própria identidade, o cardeal Tauran destacou “cinco pontos” para uma colaboração “ativa e fecunda” entre as religiões: “a pedagogia de viver juntos, a paixão pelo serviço ao outro, o testemunho religioso, a distinção entre o bem e o mal e a responsabilidade pessoal”.

No caso concreto da Europa, o cardeal apontou a necessidade dos fiéis das distintas religiões “unirem suas capacidades e estruturas para melhorar a atual situação”.

Os desafios mais importantes são, disse ele, “combater juntos o anonimato e os guetos das cidades; ajudarmos mutuamente a compartilhar emoções e iniciativas culturais para cultivar a beleza em momentos de ócio; nos comprometer na educação, porque o respeito às diferenças se aprende na família e na escola; promover a hospitalidade, porque nas sociedades multiculturais, os crentes sabem receber, compreender, ouvir e agir”.

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